Ataque dos EUA ao Irã é inédito desde 1979; comentaristas analisam

  • 21/06/2025
(Foto: Reprodução)
Presidente americano disse que aeronaves americanas já estão fora do espaço aéreo iraniano. Irã confirma ataque à sua principal unidade nuclear. Os Estados Unidos entraram na guerra entre Israel e Irã ao bombardear, neste sábado (21) três instalações nucleares iranianas. O Irã confirmou os ataques. O ataque foi confirmado pelo presidente Donald Trump. A operação acontece após uma semana de combates aéreos entre Israel e Irã. Nos últimos dias, Israel já tinha anunciado uma operação para destruir alvos nucleares iranianos. O Irã retaliou com mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. LEIA MAIS Israel x Irã: o que significa a entrada dos EUA no conflito Ataque inédito Para o comentarista da TV Globo e da GloboNews Guga Chacra, é um momento histórico. Guga Chacra: 'É a primeira vez que os EUA bombardeiam o Irã desde 1979' “É a primeira vez que os Estados Unidos bombardeiam o território iraniano desde o rompimento das relações entre os dois países na Revolução Islâmica de 1979.” Ele aponta que, dentre todos os presidentes que passaram pela Casa Branca desde o final da década de 1970, nunca houve um ataque ao território iraniano dessa magnitude. Contudo, o comentarista afirma que Trump não pretende uma guerra aberta e nem uma mudança de regime, como aconteceu com o Iraque. “Foi um bombardeio pontual. As forças dos EUA já saíram e Trump pediu para o Irã encerrar o conflito. Ele tenta agradar tanto os falcões, que defendem o ataque ao Irã, quanto a ala isolacionista, que não quer repetir os erros do Iraque e do Afeganistão. A ideia é evitar que milhares de americanos morram num conflito que, no fim, não leve a nada.” Chacra afirma que o Irã pode responder ao ataque de algumas maneiras: "O Irã pode optar por não fazer nada, o que seria uma capitulação humilhante para o regime. Ou pode escalar — atacando bases americanas no Catar ou no Bahrein, o que é arriscado. Há também o Iraque, onde há tropas americanas e milícias xiitas aliadas do Irã. Esses grupos podem agir como resposta indireta. Foi assim em 2020, quando os EUA mataram o general Qassem Soleimani. O Irã retaliou com ataques dentro do Iraque." 'Não faz sentido atacar e depois divulgar mensagem de paz' Não faz sentido atacar e depois divulgar mensagem de paz O comentarista da GloboNews Marcelo Lins que ainda há incerteza sobre os próximos passos do conflito após o ataque americano porque, segundo ele, "o que Donald Trump diz não se escreve" e que a decisão dele pode ser vista como "irresponsável". "Dias atrás, Trump havia declarado que esperaria até a semana que vem para decidir sobre a entrada dos EUA no conflito. O que Trump diz não se escreve." Há também, para ele, uma contradição em tudo o que Trump diz e age: "Não faz sentido atacar com tamanha força e, ao final, divulgar nas redes sociais a mensagem: ‘É hora da paz’." Lins também afirma que pode ser iniciada uma guerra aberta. "As características cada vez mais se desenham como uma guerra aberta: uma potência militar ataca outra que não a atacou diretamente. A decisão americana é ousada e pode, a depender da resposta iraniana, ser vista como irresponsável." Ainda, por mais que o Irã não ataque os EUA, isso pode gerar uma onda de ações indiretas contra o país. "O ataque pode provocar uma onda de ações indiretas do Irã — com milícias, grupos armados e atentados. Não faltam alvos americanos no Oriente Médio: bases militares, embaixadas, escolas internacionais. Também há o risco de alvos israelenses e até ataques contra comunidades judaicas no exterior." O comentarista afirma que, se de fato os EUA atacaram usinas nucleares iranianas, há risco de contaminação. "Se o ataque atingiu de fato instalações como Fordow, com material radioativo, há risco de vazamento e nuvem radioativa." Por conta de ataque, Irã pode, de fato, fabricar bomba nuclear Ainda não se sabe quem vai apoiar o Irã Pode ocorrer uma união de nações contra os agressores, Israel e Estados Unidos, segundo Sandra Coutinho. "Mesmo parte da população que se opõe ao regime pode se unir contra o agressor — agora identificado como Israel e Estados Unidos. O Irã pode atacar interesses americanos ou financiar atentados terroristas em território dos EUA. O maior atentado da história, o 11 de Setembro, foi motivado por questões ligadas à causa palestina." O ataque também pode motivar o Irã a, de fato, fabricar uma bomba atômica. "Segundo a professora e especialista em Irã, Michael Urbano, o ataque aumenta a probabilidade de o país conseguir a bomba em até 10 anos. Agora o regime vê como urgente a construção de um artefato nuclear, diante da vulnerabilidade revelada pelos ataques israelenses." Recado foi dado Nelson Franco Jobim, mestre em relações internacionais, explica que os EUA já estavam no conflito mas apenas ajudando Israel a se defender. Agora, a questão é como o Irã vai retaliar. "O recado foi: 'fizemos o que Israel não pode fazer — agora é hora de negociar'. Se o Irã atacar soldados norte-americanos no Oriente Médio, os EUA devem entrar com força total na guerra. Essa é a sinalização que Trump deu." Trump diz que fez ataques a usina nuclear iraniana

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/06/21/especialistas-analisam-entrada-eua-guerra-israel-ira.ghtml


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